Greve de ônibus chega ao quarto dia e paralisa transporte na Grande Florianópolis
Impasse entre empresas e trabalhadores mantém linhas suspensas em regiões da Ilha; negociação segue sem avanços.
A greve dos trabalhadores do transporte coletivo em Florianópolis chegou ao quarto dia nesta terça-feira (17), afetando diretamente a rotina de milhares de usuários. O movimento, iniciado na última quinta-feira (13), foi motivado por reivindicações salariais, aumento no número de cobradores, melhores condições de trabalho e atualização do plano de saúde.
Durante a manhã, manifestantes bloquearam a garagem da empresa Transol no Norte da Ilha, o que comprometeu o atendimento de diversas linhas que operam na região. Bairros como Barra da Lagoa, Lagoa da Conceição, Ingleses, Rio Vermelho, Canasvieiras, Jurerê, Daniela, Santo Antônio e Sambaqui seguem sem transporte público.
O transporte coletivo também foi interrompido na região Leste. Já o Sul da Ilha e os municípios da região continental, como São José, Palhoça e Biguaçu, permanecem com operação normal.
A paralisação atinge diretamente as empresas Transol e Canasvieiras, e continua por tempo indeterminado. O sindicato da categoria, Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis), afirma que os trabalhadores seguem mobilizados enquanto não houver avanço nas negociações com os empresários do setor.
Na segunda-feira (16), pelo menos 37 linhas foram parcial ou totalmente suspensas, especialmente na região Sul da Ilha. Mesmo com o impacto reduzido em alguns trechos, a incerteza sobre a retomada total dos serviços gera preocupação nos usuários.
Como medida paliativa, a Prefeitura de Florianópolis anunciou a liberação de vans privadas para atender parte da demanda, com passagens custando R$ 15 (trajeto curto) e R$ 20 (trajeto longo). A recomendação é que os passageiros acompanhem as atualizações pelo aplicativo oficial Floripa no Ponto.