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Propostas na Câmara de Florianópolis visam ampliar vagas de estacionamento e criar motofaixas na Beira-Mar

Projetos de lei foram protocolados por vereadores e têm como objetivo melhorar a mobilidade urbana e reduzir acidentes com motociclistas na capital catarinense.

Duas propostas que podem transformar o trânsito de Florianópolis começaram a tramitar na Câmara de Vereadores na segunda-feira (5). Os projetos de lei tratam de duas questões centrais da mobilidade urbana: a escassez de vagas de estacionamento e a segurança de motociclistas em vias de grande fluxo.

O primeiro projeto, apresentado pelo vereador João Padilha (PL), propõe a criação de vagas de estacionamento em ângulo de 45 graus em vias públicas com largura suficiente. A medida, segundo o parlamentar, tem potencial para aumentar a quantidade de vagas disponíveis, melhorar a rotatividade dos veículos e ajudar a reduzir congestionamentos em regiões movimentadas da cidade.

Padilha cita exemplos de cidades como São Paulo, Goiânia e Ribeirão Preto, que já adotaram esse modelo com resultados positivos. Em Florianópolis, no entanto, a aplicação deve ser feita com cautela, especialmente em ruas do Centro com medidas variadas, como a Anita Garibaldi. Técnicos devem avaliar cada caso para garantir a segurança e a fluidez do trânsito.

Já a segunda proposta, da vereadora Ingrid Sateré Mawé (PSOL), trata da criação de motofaixas exclusivas na Avenida Beira-Mar Norte, desde a saída da Ponte Pedro Ivo Campos até a Rua Deputado Antônio Edu Vieira. A ideia é inspirada em experiências bem-sucedidas em outras capitais e tem como principal objetivo reduzir os índices de acidentes envolvendo motociclistas.

De acordo com a vereadora, os dados justificam a urgência da medida. No Hospital Regional de Florianópolis, mais de 60% dos casos de trauma atendidos são causados por acidentes com motos, e cada ocorrência pode gerar um custo superior a R$ 80 mil ao sistema público de saúde. A implantação das motofaixas também pode melhorar o fluxo geral de veículos, organizando melhor o uso da via.

Ambos os projetos seguem agora para avaliação nas comissões permanentes da Câmara Municipal. Se aprovados, poderão representar avanços importantes na mobilidade urbana da capital, tornando o trânsito mais eficiente, seguro e sustentável para moradores e visitantes.